10/05/2014

Uma mão cheia!




E com este contamos 5!  5 internamentos, uma mão cheia!

De todos até então este é sem duvida o que mais me está a custar, acho que me mentalizei que só ia voltar quando fosse para o V. nascer mas não LLL

As dores voltaram, associado às dores sangue na urina, mas ainda não se percebeu muito bem o que se passa, esperar para ver e exames atrás de exames outra vez e sem qualquer perspectiva de saída, pelo menos desta vez a medicação está a resultar e as dores estão a ser muito mais fáceis de suportar.

O rabinho de porco, esse ao contrário do que eu ainda pensei está no sitio. 

O V. está óptimo, literalmente sentado à espera. 

Ontem estava a tomar um bocadinho de atenção ao que se passa nos corredores deste hospital, e as auxiliares e enfermeiras falam entre elas por números de quarto, a senhora do quarto x precisa disto, a senhora do quarto y está a chamar, o meu quarto não tem um número, tem um nome, o meu nome! 

Falam de mim como se eu fosse um "dado adquirido" deste hospital, chegam aqui e dão-me um beijinho ou um abraço de solidariedade, é bom, ajuda um bocadinho. 

Entretanto, mais uma vez estou privada da M., ela não gosta muito de vir cá, parece que percebe, e o A. não a traz todos os dias, vamos tentando dosear a situação. 

Para tentar colmatar a privação, fazemos uso das novas tecnologias, como o Skipe, ela passa o tempo todo a dizer mamã e cada vez que o diz, por muito que queira explicar, não consigo dizer o que sinto, é muito além de me sentir triste, custa-me muito. 

Até porque eu também tinha posto como barreira as 34 semanas para pegar nela ao colo e também esse plano me saiu furado. 

Já é  muita coisa a não correr como previsto e por muita boa vontade que se tenha, todos temos dias menos fáceis.

A frase que mais oiço: Quando ele nascer esqueces-te de tudo! 

Não se esquece, acreditem que não se esquece, assim como nunca consegui esquecer que antes da M. estive gravida duas vezes, e já lá vai um tempo, muito menos vou esquecer esta gravidez.

As consequências desta situação têm-se feito sentir a curto prazo no nosso seio familiar, acredito que ainda perdurem durante um tempo e que se façam também sentir a longo prazo.

Agora nada mais me resta senão esperar, esperar para perceber o que se passa, esperar por aquilo que os médicos vão decidir, esperar para voltar a casa. 





2 comentários:

  1. Tenho a certeza que irá passar mais esta fase com toda a força e coragem...
    Certamente não irá esquecer todo este sofrimento físico e da alma ... viver tudo o que tem vivido é muito intenso, deixa marcas...mas o tempo depois vai ajudar..e também os seus filhos, o seu marido, família e amigos irão contribuir para que fiquem tão somente as memórias, as melhores...
    E o legado para os seus M. e V. é saberem da luta feroz por AMOR deles, de uma grande MULHER, uma verdadeira lutadora, uma MÂE CORAGEM!!!
    Muita FORÇAAAAAA!!!!
    Abraço amigo e Beijinho

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    1. Maria, obrigada <3 Não vou esquecer as suas palavras. <3 Um grande bj

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