20/05/2014

A contar os dias...




Sinto-me esquisita, nem consigo explicar muito bem o que sinto.

Estou a contar os dias e ao mesmo tempo a olhar para trás e a fazer uma retrospectiva de tudo, bem na realidade é mais uma introspecção, e nem consigo acreditar no tempo que passou, realmente o tempo voa, assim como nem consigo acreditar naquilo que vivi, o quanto foi mesmo muito difícil, apesar de eu tentar apaziguar sempre tudo o mais possível. 

A sensação que tenho é que andei a pairar no ar e que agora estou a por os pés na terra, é uma sensação de meia perdida com saudosismo (estranho não é?) com o ter que enfrentar uma nova realidade quando me sinto na lua, aquela sensação de não acreditar bem no que aconteceu, a sensação de que estive num sonho e que acordei, eu disse que não conseguia explicar muito bem, é esquisito! 

Dou por mim a pensar em coisas parvas, não estou nervosa nem ansiosa nem com medo, até porque já sei ao que vou, mas tenho pensado em coisas mesmo parvas e sem sentido.

A gravidez da M. foi toda uma magia, tudo foi um entusiasmo, lindo e maravilhoso, apesar dos percalços que também vivi na gravidez dela, mas estar grávida dela foi sem duvida o estado que mais gostei de estar em toda a minha vida.

Dele não foi tudo assim, não só pelo óbvio, mas talvez por ser o segundo filho e não haver o factor novidade, já sabia o que me esperava (julgava eu).

Ontem estava a ver umas fotografias minhas grávida da M. e grávida do V., e quase que se consegue dizer que são duas pessoas diferentes, o sorriso e a felicidade da gravidez da M. foi tomado por um ar pesado, cansado, magro, olheirento e pouco saudável da gravidez do V. 
E dei por mim a pensar, como é que é possível? e de alguma forma isso entristeceu-me.

A coisa mais parva que tenho pensado é: será que vou gostar tanto dele como gosto dela? É óbvio que sim, eu sei que sim!

Estou desejosa de o ver e de o encher de beijos e de lhe dizer ao ouvido o quanto foi um valente, um corajoso, um campeão, um lutador e que tenho já um orgulho imenso dele.

Mas a realidade é que este pensamento me assalta muitas vezes o pensamento, e depois fico com a consciência pesada por ter este tipo de pensamento que não tem outro nome senão parvo e descabido. 

Alguma mãe com mais do que um filho que me diga se isto é normal para eu ficar mais descansada!

Afinal coração de mãe tem espaço para todos os seus filhos, certo? 





5 comentários:

  1. Tudo o que sente é normal, é mesmo assim...Amamos os filhos todos, cada um à sua maneira, de acordo com cada um...Amamos muito a cada um, de forma diferente mas com todo o coração, com toda a dedicação desinteressada, com um amor infinito... Amamos com o amor mais puro, mais verdadeiro e completo, sem esperar nada em troca, estando sempre disponível na rectaguarda, mas sem cobranças nem invasões na intimidade de cada um...Amar cada filho é saber disponibilizar e abrir o coração ... sem limites ...sem hesitações...
    Verá que a M. e o V. sentirão sempre esse coração tão grande, mas tão grande que a mãe tem...
    Abraço amigo e beijinho

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    1. <3 <3 <3 <3
      Sentir todos esses sentimentos a dobrar, tão bom!
      Mtos bjs

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  2. Passei pelas mesmas dúvidas... Mas sempre me disseram... Amor por mais que um filho, não se divide! Tudo se multiplica! É amor a dobrar, é cansaço a dobrar, é felicidade a dobrar, são preocupações a dobrar... E é, efectivamente, verdade! Mas é tão booooooom! Vais amar igual! É óptimo ter duas crias;)))) Uma hora pequenina é o que te desejo, minha querida! Vai tudo correr lindamente!Beijinhos!!!! Renata Costa.

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    1. Obrigada querida Renata pelas tuas palavras de alento :-)
      Um grande bj aos 4

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  3. Todas sentimos isso, eu pelo menos tento acreditar que sim...
    O meu filho mais velho tem 8 anos e o mais novo 22 meses, pensei muitas vezes o mesmo.
    Certo que a 1ª gravidez foi mil vezes melhor que a 2ª.
    Beijinho muito grande e que tudo corra bem.
    Eu já sou fã do bebé V

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